28 abril 2007

Orelhas no ar...



A mim sempre me gostaram os animais, principalmente os cães. São animais leais, bricalhões e muito "amigos". Ao lado de um dos meus cães, principalmente da Lucy ou da Branca, sinto-me ao lado de mais um amigo. Há gente que não entende isso. Mas também há gente que sim entende. Tenho amigos que compartilham desta minha visão. O dono do Ghandi sabe-o bem.
Enfim, tanta conversa para dizer que gosto desta foto tirada na terra do dono do Ghandi.
Se algum dia chegares a ler isto, um grande abraço!! Tenho saudades dos nossos tempos de universidade...

25 abril 2007

O dia em que tivemos mais esperança...











Faz hoje 33 anos que Portugal voltou a ter esperança!
Muitas vezes depois desse dia já a perdemos e voltámos a encontrar...
Essa é a história do meu país.
País do qual por vezes não me orgulho, mas no qual tenho esperança e que será sempre o meu...

"Câmara de ar"

Existe algo como uma câmara de ar nas relações entre as pessoas. Essa câmara de ar ou tolerância, chame-se-lhe o que quiser, é o que diferencia as relações que temos com cada uma das pessoas que nos rodeia.
Funciona de duas maneiras: por um lado é maior quanto maior é a amizade ou intimidade, que no fundo acaba por ser o mesmo, que nos une a essa pessoa. Um amigo de verdade diz-nos "vai-te foder" ou "deixa-te de merdas" e isso não nos ofende. Temos câmara de ar para ouvir coisas e aceitar comportamentos que, porque gostamos deles e sabemos que eles gostam de nós, não toleraríamos a outra qualquer pessoa que conhecemos só de "olá tudo bem".
O outro tipo de funcionamento da câmara de ar é aparentemente o oposto do primeiro. Quanto mais próxima nos é uma pessoa mais fácil é deixarmo-nos magoar por ela. Coisas que vindas de um "conhecido" não nos afectam minimamente, vindas de um amigo de verdade podem magoar-nos de uma maneira profunda. Exemplos disso são o esquecimento de um aniversário, um email não respondido, um telefonema prometido que nunca aconteceu. Como diria Tom Zé, tem de ser "bem de leve pra não perdoar".
Quanto mais penso sobre o tema mais sinto que as relações interpessoais são incrivelmente complexas, e ao mesmo tempo tão simples.
Sei quem são os meus amigos. Sei que eles também o sabem. Para eles tenho uma câmara de ar á prova de furo. A vida de hoje é mais rápida, mais efémera, mais propícia a esquecer os amigos que estão longe. Existem muitas coisas para fazer, muitas distracções, actividades, etc.
Contudo, como diziam os Queen, "Friends Will Be Friends". Que me perdoem os meus amigos a quem não escrevo regularmente, com quem não falo regularmente. Não tenho desculpa para isso... Só o conforto de saber que da próxima vez que falarmos será como se tivessem passado apenas 10 minutos. Quero que saibam que estejam em Beringel, Beja, Lisboa, Porto, Braga, Vizela, Ponta Delgada, Coimbra, Londres, Madrid, Barcelona, Tokio, Timor, Avignon, Vancouver, Cracóvia, Varkaaus... ou seja onde for, trago-vos sempre comigo.

23 abril 2007

Um pouco mais de Lenine


Quem me conhece sabe que eu gosto de fotografia. Isso quer dizer que é provável que vão aparecendo por aqui algumas fotos, minhas ou de outros. Esta é outra minha, do concerto de Lenine, que aqui fica acompanhada por outra letra de música, por sinal outra que que zoa pela minha cabeça de vez em quando.

LENINE
"Paciência"

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para

Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (Tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para(a vida não para não)

Será que é tempo que me falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara (tão rara)

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para(a vida não para não...a vida nãopara)

Concerto desconcertante


Este foi o último concerto a que fui!
Lenine, músico brasileiro que sempre me despertou curiosidade pelas suas letras elaboradas e ritmo contagiante! Ao vivo é ainda melhor! Melhor ainda quando se está numa sala pequena e assistimos ao concerto a cinco metros dos artistas! Melhor só mesmo tocar com eles.
Foi muito bom. Despertei nesse dia e pensei: "quero ir a este concerto". Convidei a minha companheira de aventuras e lá fomos esquecer-nos um pouco do mundo que nos rodeia...
Saímos de alma cheia e vontade de levar o mundo pela frente!
Esta foi das das músicas que eu não conhecia e desde essa noite rodopia na minha cabeça.

LENINE
"Na Pressão"

olho na pressão, tá fervendo
olho na panela
dinamite é o feijão cozinhando
dentro do molho dela

a bruxa acendeu o fogo
se cuida, rapaziada
tem mandinga de cabôco
mandando nessas parada
garrafada de serpente
despacho de cachoeira
quanto mais o fogo sobe
mais a panela cheira

olho na pressão, tá fervendo
olho na panela
dinamite é o feijão cozinhando
dentro do molho dela

a bruxa mexeu o caldo
se liga aí, ô galera
tá pingando na mistura
saliva da besta-fera
chacina no centro-oeste
e guerrilha na fronteira
emboscada na avenida
tiro e queda na ladeira
mas feitiço é bumerangue
perseguindo a feiticeira

22 abril 2007

Eu sei lá bem no que me estou a meter!

Hoje li o blog de um amigo e senti que existem coisas em mim que necessito expressar. Estar fora do meu país criou a necessidade de exprimir-me na minha língua. De maneira que decidi começar um blog. Já o tinha pensado várias vezes mas apenas hoje senti que isto de escrever um blog também podia ser para mim. Vou tentar fazer isso de uma maneira muito pessoal, na tentativa de conhecer um pouco melhor quem sou, reflectindo sobre o me rodeia e o que vai dentro de mim. Este será mais um escape, um diário de notas digital que um relato da minha quotidiana. Espero aprender alguma coisa com isto, que esta seja uma experiência agradável... Quem tiver paciência para isso que apareça quando queira. Eu vou estando por aqui...