09 março 2009

Angola, oportunidades a vista?

O mercado angolano é já o quarto destino das exportações nacionais, que aumentaram a uma taxa anual entre 34,8 e 50,7 por cento a partir de 2006, segundo dados do Governo a que Lusa teve acesso.

De acordo com fonte do executivo, a visita oficial que o primeiro-ministro, José Sócrates, efectuou a Angola, em Maio de 2006, terá marcado o "ponto de viragem" nas relações económicas entre os dois países.

Dados fornecidos pelo Governo indicam que a taxa de exportações nacionais para Angola aumentou 50,7 por cento em 2006, 39,2 por cento em 2007 e 34,8 por cento em 2008.

Se em 2005 Angola era o nono destino das exportações portuguesas de bens, em 2008 atingiu o quarto lugar, com um volume de vendas superior a 2,27 mil milhões de euros.

Angola em 2005 representava 2,6 por cento do total de exportações portuguesas, mas em 2008 já atingiu os seis por cento.

Já no que respeita a importações ao nível do comércio de bens, Angola passou da posição 43 como cliente de Portugal em 2005 para 19 lugar. As importações de Angola aumentaram 109,9 por cento em 2006, 600 por cento em 2007 e 10,5 por cento.

Apesar destes consecutivos aumentos, a taxa de cobertura nacional tem sido sempre positiva para Portugal, variando entre os 3195,4 por cento em 2005 (mas em que o total bruto era reduzido) para os 556 por cento em 2008.

No total de importações nacionais, Angola representou 0,7 por cento em 2008. No que concerne ao comércio de serviços, entre 2005 e 2008 Angola passou de 11 cliente nacional para o oitavo posto, tendo um peso de 3,7 por cento no total do comércio de serviços feito por Portugal no exterior.

Neste capítulo do comércio de serviços, a taxa de cobertura é também francamente favorável a Portugal: em 2005 registava-se um saldo de 348 por cento e em 2008 de 522,6 por cento.

No período compreendido entre 2006 e 2008, as exportações portuguesas de comércio de serviços aumentaram entre quatro por cento e 40,5 por cento.

No caso das importações de comércio de serviços, Angola também registou um ligeiro aumento entre 2006 e 2008, passando Portugal de 13 cliente em 2005 para 12 nos anos de 2006, 2007 e 2008.

in Expresso

Passo a passo...

A segunda maior central solar fotovoltaica em Portugal começa a produzir parcialmente amanhã em Ferreira do Alentejo (Beja), devendo começar a funcionar em pleno até final deste ano, após um investimento de quase 50 milhões de euros.

A central, com uma capacidade total instalada de 12 megawatts (MW), é hoje ligada à rede eléctrica nacional e começa a produzir amanhã de forma parcial e com os primeiros sete MW já instalados, adiantou hoje Hélder Serranho, administrador do grupo português Generg, promotor do projecto.

Segue-se a instalação dos restantes cinco MW "até final deste ano", altura em que a central deverá começar a funcionar em pleno, para produzir 21,3 gigawatts/hora de energia "limpa" por ano, "ligeiramente mais do que o consumo anual de electricidade do concelho de Ferreira do Alentejo".

Em termos de "benefícios ambientais", a central, o primeiro projecto fotovoltaico do grupo Generg e que está a ser instalada num terreno de quase 60 hectares na Herdade da Chaminé, vai evitar anualmente a importação de sete mil toneladas de fuel (cerca de 48 mil barris de petróleo não refinado) e permitir poupar 12 mil toneladas de emissões de CO2, salientou Hélder Serranho. Quanto a impactos socioeconómicos, frisou, o projecto da central, orçado em quase 50 milhões de euros, "um dos maiores investimentos em energias renováveis no Alentejo", vai criar "seis empregos, três dos quais permanentes", além dos postos de trabalho temporários nas fases de instalação.

Hélder Serranho salientou também os benefícios sociais do projecto, frisando que o grupo Generg celebrou um contrato de direito de superfície com a Santa Casa da Misericórdia de Ferreira do Alentejo (SCMFA), a administradora da Herdade da Chaminé. Através do contrato, explicou, o grupo, durante os 25 anos que a central irá funcionar ocupando cerca de 60 hectares da herdade, irá pagar uma renda anual à SCMFA que permitirá "melhorar o apoio social à população do concelho, sobretudo aos mais carenciados".

Quando estiver totalmente instalada e a funcionar em pleno, a central solar do grupo Generg, a segunda de três no concelho de Ferreira do Alentejo, será a segunda maior em Portugal, depois da maior do mundo com 46,41 MW e a produzir em pleno desde Dezembro de 2008 perto da vila de Amareleja, no concelho de Moura.

Além da central do grupo Generg, em Ferreira do Alentejo já funciona em pleno, desde Dezembro de 2008, uma da empresa Net Plan, com 1,8 MW distribuídos por cinco pequenas centrais, e está em instalação uma outra da Sociedade Ventos da Serra, com 10 MW e que deverá começar a produzir parcialmente em Junho. No distrito de Beja, que tem a maior potência fotovoltaica licenciada em Portugal, além das três centrais de Ferreira do Alentejo e da maior do mundo na Amareleja, existem outras quatro centrais, duas em Mértola, uma em Brinches (Serpa) e outra em Almodôvar.

in Publico